domingo, 7 de dezembro de 2014

TABAGISMO

   



 Atualmente o tabagismo é considerado um problema de saúde pública em razão da alta prevalência de fumantes e da mortalidade decorrentes das doenças relacionadas ao tabaco. Caracteriza-se pela dependência física e psicológica do consumo de nicotina, uma das substância presentes no tabaco. 

     Hoje existem mais de 50 doenças relacionadas ao tabagismo atingindo principalmente o aparelho respiratório, cardiovascular, digestivo, geniturinário, neoplasia malignas, entre outros.

     O início do consumo do tabaco costuma ocorrer em sua grande maioria, na adolescência, entre 13 e 14 anos de idade. O consumo mais comum se dá por meio de cigarros, porém pode ocorrer pelo uso de cachimbo, charuto, rapé ou tabaco de mascar. 
     Além dos apontados há ainda a possibilidade do uso passivo, os que costumamos chamar de fumantes passivos.

     O que é um fumante passivo?

    
A fumaça produzida pelo consumo de tabaco possui várias substâncias tóxicas entre elas a nicotina, o monóxido de carbono e o alcatrão. O fumante passivo é aquele indivíduo que inala essa fumaça proveniente da queima de todo tipo de tabaco, involuntariamente. Desse modo este indivíduo também está tendo sua saúde exposta a riscos. O tabagismo passivo é considerado a terceira causa de morte evitável do mundo.



     Com o objetivo de combater o tabagismo o Ministério da Saúde apresenta o Programa Nacional de Controle do Tabagismo em parceria com o INCA - Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Dentre as ações que integram este programa estão a promoção de ambientes livres de fumo e projetos para a cessão de fumar, entre muitos outros. Hoje vamos conhecer um pouco sobre o tratamento farmacológico do tabagismo.

     O tratamento farmacológico é uma estratégia para aumentar a chance de sucesso porém a motivação pessoal é a chave para o sucesso. Pode ser utilizado também para o tratamento de sintomas de abstinência.

     1. Terapia de Reposição  de Nicotina
     Auxiliar na cessão do tabagismo e no controle de sintomas de fissura. Disponível no Brasil na forma de adesivos transdérmicos, gomas de mascar e pastilhas.

  •  Adesivos Transdérmicos

     Encontrados nas concentrações de 7mg 14mg e 21mg. Deve ser utilizado um adesivo ao dia sendo a troca realizada no período da manhã.
    Duração média do tratamento de 8 a 12 semana podendo chegar até a 6 meses.
    As doses são definidas para cada pessoa de acordo com a média de cigarros fumados por dia. A redução da dose ocorre de maneira gradual. A primeira redução é sugerida após 4 semanas e posteriormente a cada 2 semanas.




  • Gomas de mascar
     Disponível nas doses de 2mg e 4mg, com sabores como menta e frutas.  Duração média do tratamento de 12 semanas com redução gradual de doses. Não deve ser utilizado mais de 24 gomas por dia. A forma correta de uso está na utilização da goma sempre que sentir a necessidade de fumar.
    Mascar a goma até o aparecimento de um forte sabor, deve-se então parar a mastigação e deixar o tablete repousar entre a bochecha e gengiva. Voltar a mascar assim que este sabor desaparecer, repetindo o processo por 30 minutos.



  • Pastilhas
     Disponível nas doses de 2mg e 4mg também com sabores. A liberação de nicotina ocorre de forma mais rápida que nas gomas de mascar. Duração do tratamento também em média de 12 semanas com redução gradual das doses. Pode ser utilizado de 4 a 20 pastilhas por dia conforme a necessidade.

     2. Bupropiona


     Antidepressivo atípico de ação lenta, atua inibindo a receptação de dopamina e noradrenalina e é antagonista de receptores de nicotina o que leva a redução da compulsão pelo cigarro. O tratamento inicia-se 1 semana antes de parar de fumar para que o medicamento possa atingir um estado de equilíbrio. O tempo de tratamento é em torno de 12 semanas podendo ser estendido para 6 meses. A dose máxima recomendada é de 300mg ao dia. Contra indicado para pessoas que possuem epilepsia.




     3. Vareniclina

   



  Agonista parcial de receptores de nicotina, reduzindo fissura e demais sintomas de abstinência. Utilizar 1 a 2 semanas antes de parar de fumar. Tempo médio de tratamento de 3 a 6 meses.  A associação com terapia de reposição de nicotina não é indicada.

   




  4. Nortriptilina e Clonidina


     Terapia farmacológica de segunda linha. Utilizada para pessoas que não possam utilizar ou que não se adaptaram a terapia de primeira linha.
    A nortriptilina pertence a classe do antidepressivos tricíclicos, bloqueia a recaptação de serotonina e noradrenalina.Deve-se parar de fumar de 10 a 28 dias após iniciar o tratamento.
    A clonidina é um agonista pós sináptico com ação alfa2-noradrenérgica. Não se conhece completamente sua ação na cessão do tabagismo. Parar de fumar no 3 dia apos o início do tratamento. Vale ressaltar que a retirada da medicação deve ser sempre gradual.



   
  Como mostra muito bem essa imagem em primeiro lugar é preciso querer. Tomar a iniciativa e buscar ajuda. Peça o apoio de seus amigos e familiares. Livre-se de objetos que o fazem lembrar-se do hábito de fumar, como por exemplo isqueiro e cinzeiros. Procure informações com profissionais da saúde em qualquer dúvida ou situação. Sua saúde agradece e muito. Você consegue!!!

   
Espero que tenham gostado e talvez incentivado algumas pessoas que possuem esse hábito.

Obrigada,
Jessica L. Gehrmann. 











domingo, 21 de setembro de 2014

TUBERCULOSE, SAIBA UM POUCO MAIS!

    

     
Embora atualmente não se ouça muito falar sobre esta doença ela ainda permanece sendo um problema de saúde mundialmente importante. O Brasil é um do países priorizados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) no combate a esta doença.
     A tuberculose é uma doença infeciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis de evolução crônica.  A tuberculose é transmitida por via aérea em praticamente a totalidade dos casos. A infecção ocorre a partir da inalação de gotículas contendo bacilos expelidos pela tosse, fala ou espirro do doente com tuberculose ativa de vias respiratórias. Afeta principalmente os pulmões, porém pode afetar outros órgãos do corpo como ossos, rins e meninges.
    

     A forma de manifestação da doenças é dividida em duas categorias sendo elas Tuberculose pulmonar e Tuberculose extrapulmonar:

Tuberculose Pulmonar     Os sintomas clássicos da tuberculose  pulmonar são: tosse persistente por 3 semanas ou mais, produtiva ou não (com muco e eventualmente sangue), febre vespertina, sudorese noturna e emagrecimento.
     Pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum na criança maior, adolescente e adulto jovem.
    A febre vespertina, sem calafrios, não costuma ultrapassar os 38,5º C. A sudorese noturna e a anorexia são comuns.
     A apresentação da tuberculose na forma pulmonar, além de ser mais frequente, é também a mais relevante para a saúde pública, pois é a forma pulmonar bacilífera, a responsável pela manutenção da cadeia de transmissão da doença.
    A busca ativa dos sintomáticos respiratórios é a principal estratégia para o controle da doença, uma vez que permite a detecção precoce das formas pulmonares. Consiste em uma atividade de saúde pública orientada a identificar precocemente pessoas com tosse igual ou superior a três semanas, consideradas com suspeita de tuberculose pulmonar.

Tuberculose extrapulmonar

     As formas extrapulmonares da tuberculose têm seus sinais e sintomas dependentes dos órgãos e/ou sistemas acometidos.
    Sua ocorrência aumenta entre pacientes com imunocomprometimento grave, principalmente naqueles com AIDS.


DIAGNÓSTICO


Baciloscopia do escarro








A baciloscopia direta do escarro é o método principal no diagnóstico e para o controle de tratamento da tuberculose pulmonar por permitir a descoberta das fontes de infecção, ou seja, os casos bacilíferos.
A boa amostra de escarro é a proveniente da árvore brônquica, obtida após esforço da tosse (expectoração espontânea).


Coleta de Escarro e Cuidados

     Orientação ao paciente:

     - Ao despertar pela manhã, lavar bem a boca, inspirar profundamente, prender a respiração por um instante e escarrar após forçar a tosse. Repetir essa operação até obter três eliminações de escarro, evitando que esse escorra pela parede externa do pote.

     - Informar que o pote deve ser tampado e colocado em um saco plástico com a tampa para cima, cuidando para que permaneça nessa posição.

     - Orientar o paciente a lavar as mãos.


Radiológico




     A radiografia de tórax é método diagnóstico de grande importância na investigação da tuberculose.
    
 Diferentes achados radiológicos apontam para suspeita de doença em atividade ou doença no passado, além do tipo e extensão do comprometimento pulmonar.






Prova Tuberculínica (PT)




    A prova tuberculínica consiste na inoculação intradérmica de um derivado protéico do M. tuberculosis para medir a resposta imune celular a estes antígenos

     



 Observação muito importante é que os familiares e pessoas do convívio devem também fazer os exames para detecção precoce da doença.




TRATAMENTO

     Assim que haja a detecção de um caso novo de tuberculose o paciente deve utilizar máscara por 15 dias após o início do tratamento.


1. Esquema Básico


     Indicado para casos novos de todas as formas de tuberculose pulmonar ou extrapulmonar (exceto meningoencefalite).

     O tratamento consiste em 2 fases:
     - Fase Intensiva: Consiste em 2 meses de tratamento com o esquema RHZE (Rifanpicina, Isoniazida,Pirazinamida e Etambucol) A quantidade de comprimidos depende do peso do paciente.
     - Fase de Manutenção: Consiste em 4 meses de tratamento com o esquema RH (Rifampicina + Isoniazida). A quantidade de comprimidos depende do peso do paciente.



2. Esquema para Meningoencefalite

     Também dividida em 2 fases de tratamento com o mesmo esquema medicamentoso porém a fase de manutenção possui uma duração de 7 meses.
     A diferença também consiste na associação do tratamento com a utilização de um corticosteroide como por exemplo a prednisona por 4 semanas ou dexametasona intravenoso nos casos mais graves por 4 a 8 semanas, com redução gradual da dose.


     Existem ainda esquemas de tratamento diferenciado para casos de monoresistência ou multirresistência assim como para pessoas que possuem alterações hepáticas ou intolerância grave a algum dos medicamentos. Se alguém tiver interesse em conhecer estes esquemas por favor deixem nos comentários que faço um novo post sobre eles. 

     É comum durante este tratamento o aparecimento de alguns efeitos colaterais:
     - A rifampicina causa lágrima, suor e urina de coloração alaranjada. No início de tratamento recomenda-se o monitoramento da glicemia, pressão arterial e colesterolemia especialmente em pessoas que possuem diabete mellito, hipertensão arterial sistêmica ou hipercolesterolemia.
      - A pirazinamida pode provocar náusea e vômito, pode-se então fazer uso de um medicamento sintomático como por exemplo a metoclopramida (converse sempre com seu médico e farmacêutico antes de utilizar).Além disso causa fotossensibilidade por esse motivo é de extrema importância o uso de protetores solares. Artralgia não gotosa também pode ocorrer nesse caso juntamente com o aconselhamento médico e farmacêutico pode-se fazer uso de AAS ou um outro anti-inflamatório não hormonal.
     - A etambucol pode provocar náusea e vômito, pode-se então fazer uso de um medicamento sintomático como por exemplo a metoclopramida (converse sempre com seu médico e farmacêutico antes de utilizar).

     É extremamente importante o uso diário deste medicamento para que o tratamento seja bem sucedido, por este motivo hoje estamos utilizando como estratégia o Tratamento Diretamente Observado (TDO).


TDO - TRATAMENTO DIRETAMENTO OBSERVADO


    
O tratamento diretamente observado constitui uma mudanca na forma de administrar os medicamentos, porem sem mudancas no esquema terapêutico: o profissional treinado passa observar a tomada do medicamento do paciente desde o inicio do tratamento até a sua cura a fim de evitar o abandono do tratamento.
    A escolha da modalidade de TDO a ser adotada deve ser decidida conjuntamente entre a equipe de saude e o paciente. É desejável que a tomada observada seja diária, de segunda a sexta- -feira. No entanto, se para o paciente a opção de três vezes por semana for a unica possível, este deve saber que o medicamento deve ser tomado TODOS os dias mesmo os que não seja observado.


     Bom pessoal espero que tenham gostado, resumi um pouco sobre o que consiste esta doença e como ocorre o tratamento. Não há motivo para desespero pois existe tratamento e apesar de longo ele deve ser cumprido rigidamente. Até a próxima!

Jessica Laís Gehrmann





segunda-feira, 11 de agosto de 2014

A turma do piolho!



O que é piolho?


    


 O piolho é um inseto pequeno, SEM asas de cor acinzentada a preta. Seu nome é Pediculus humanus capitis. Mede aproximadamente 3mm e possui 3 pares de pata. Alimentam-se de sangue de 2 a 3 vezes ao dia, vivendo aproximadamente 8 semanas. A fêmea do piolho coloca de 6 a 8 ovos por dia, esse ovos se chocam em 8 dias. Esses novos piolhos levam de 9 a 12 dias para se tornarem adultos.




O que é lêndea?

     Lêndeas são os ovos dos piolhos fêmea, medem aproximadamente 1mm e possuem a coloração esbranquiçada e brilhante.





Como eu pego piolho?

     Uma coisa muito importante a ser lembrada. Piolho não está associado a falta de higiene. A principal forma de transmissão ocorre por contato direto, outros meios são o compartilhamento de objetos pessoais como bonés, capacetes, escovas, pentes, fronha, entre outros.




Quais são os sintomas?

     Coceira no couro cabeludo principalmente  próximo a região da nuca e atrás da orelha. Vermelhidão e irritação.

Quais são as consequências?

- Sono perturbado;
- Diminuição da concentração;
- Baixo rendimento escolar;
- Preconceito dos colegas;
- Anemia com infestações graves;
- Infecções secundárias;


MAS SE A TURMA DO PIOLHO TE PEGAR AÍ ENTRAM EM AÇÃO O XAMPU O PENTE E A CATAÇÃO





1. Catação

Consiste na procura manual por piolhos que deve ser realizada até o desparecimento. Além disso deve ser realizado rotineiramente a fim de se verificar a presença do piolho.





2. Pente Fino





Não retira ovos, mas retira o piolho assim que ele nasce. Prepare o cabelo desembaraçando com um pente normal. Divida o cabelo molhado em várias partes. Ao eliminar os piolhos retirados da cabeça, não os jogue em qualquer lugar. Deixe em um vidro com álcool ou vinagre.







3. Medicamentos



- Permetrina 1%
        
      Agite bem o frasco e aplique nos cabelos ainda úmidos, cobrindo todo o couro cabeludo, esfregando abundantemente em toda a extensão, principalmente atrás das orelhas e na nuca, onde os piolhos e as lêndeas se concentram mais. Tenha certeza de que todo o couro cabeludo ficou bem encharcado para não afetar o tratamento.
            Deixe o produto agir por 10 minutos.
            Passe o pente fino.
            Enxágue o cabelo com água morna e enxugue com a toalha.

         Em geral uma única aplicação é suficiente. Se ainda houver piolhos e lêndeas após 7 dias da primeira aplicação, aplicar o medicamento pela segunda vez. Após 7 dias da segunda aplicação, caso você ainda encontre algum piolho vivo deverá procurar o médico. É importante assegurar que o tratamento foi realizado corretamente, para que o produto possa ter o efeito desejado.


- Ivermectina 6 mg
       




Necessita de prescrição médica. De uso adulto e pediátrico acima de 5 anos ou mais de 15 kg. Usualmente é utilizado 1 comprimido em dose única.








Como evitar a re-infestação?

- Alertar os responsáveis pelas instituições coletivas (como escolares).
- Evitar a utilização de escovas e pentes de pessoas com piolho.
- Procurar possíveis portadores. Outras pessoas da convivência podem estar infestadas e 
não sentirem nada. Assim, servem de fonte de infestação.
- Tratar pessoas de mesmo convívio.
- Lavar as escovas e pentes em água quente e sabão por 5 a 10 minutos, não usar em outras 
pessoas.
- Tratar tiaras, bonés, fronhas etc. Lavar com água quente, secar e passar. Já é o suficiente 
para matar os piolhos.



Cuidados especiais


- Cortar os cabelos bem curtos, ou mesmo raspar ajuda muito.
- Cuidar ao examinar a cabeça da criança para diferenciar caspa de piolho.
- Paciência + paciência + paciência + dedicação. Os piolhos estão vencendo porque são 
mais pacientes e perseverantes que muitas mães, pais e avós, babas e professoras.
- Ferva ou enxague com água quente a roupa de cama de quem estiver com a infestação e
 depois passe tudo com ferro bem quente.
- Limpe bem as escovas e pentes usados para retirar os piolhos, e deixe-os separados das
 demais pessoas de casa.







Vale lembrar! Nunca utilize  querosene, Neocid, ou
 qualquer outro inseticida, pois são tóxicos ao ser
 humano. Também não se deve utilizar vinagre,
pois pode causar irritações ao couro cabeludo.

PIOLHO? NÃO!!!






Obrigada e até a próxima...
Jessica L. Gehrmann.


sexta-feira, 30 de maio de 2014

GOTA


A gota é uma forma de artrite que causa episódios súbitos e graves de dor, sensibilidade, rubor, calor e tumefação das articulações. 
Essa dor é causada pelo deposição de cristais de ácido úrico, causando um processo inflamatório. 
Afeta as pessoas de diferentes formas, algumas têm um episódio e podem nunca mais vir a ter novas crises, outras têm episódios dolorosos frequentes que podem evoluir para rigidez e lesão persistente das articulações.
A gota pode ser dividida em 4 fases:  hiperuricemia assintomática, crise aguda, períodos intercríticos e gota crônica. Após vários anos, os cristais de ácido úrico podem acumular-se na articulação e tecidos circunjacentes, formando grandes depósitos que são chamados de tofos e possuem o aspecto de caroços debaixo da pele. Porém a gota pode ser controlada e até prevenida.

FATORES DE RISCO

1. Obesidade --> a obesidade pode estar ligada a altos níveis de ácido úrico no sangue.



2. Alimentos --> Certos alimentos podem aumentar os níveis de ácido úrico, consumir com moderação -->  sardinhas, anchovas, frutos do mar, aves, carnes, miúdos, feijão, soja, milho.


.

3. Bebidas Alcoólicas --> o excesso de álcool pode aumentar os níveis de ácido úrico.




TRATAMENTO

- Episódios Agudos

     O objetivo é o alívio da dor.

     1. Colchicina
     - 0,5 mg uma a três vezes ao dia.
    - Apresenta efeitos adversos frequentes, dependentes da dose, como vômitos ,diarreias e dor abdominal.

     2. Anti-inflamatórios não esteroides
     - são a terapêutica de primeira linha

     3. Corticoides locais
     - aplicada intra-articular desde que se exclua a possibilidade de artrite séptica.
   - usada para pessoas com baixa tolerância ao anti-inflamatórios não esteroides ou a colchicina.

- Controle dos níveis de ácido úrico (hipourecimiante)

     Utilizado como profilaxia de novas crises agudas de gota, porém no início do tratamento podem desencadear novas crises, até que se obtenha equilíbrio dos níveis de ácido úrico.

     1. Alopurinol
     Análogo das purinas, inibidor da enzima xantina oxidase. Dose inicial 2 a 3 semanas após o controle da crise aguda de 100 mg ao dia. Dose de manutenção de 300 mg ao dia podendo atingir concentração máxima de 900 mg.
Utilize o medicamento após as refeições para evitar desconforto estomacal.

      2. Probenecid, Sulfimpirazona e Benzobromarona.
     São fármacos uricosúricos, ou seja, aumenta a excreção de ácido úrico. Esse efeito aumenta o risco de cristalização do ácido úrico nas vias urinárias e consequentemente podem geram litíase renal. Pessoas que já possuem litíase renal (pedra nos rins) não devem utilizar este medicamento.

     3. Novidades Terapêuticas
       3.1 Febuxostat
     Inibidor não purínico da xantino-oxidase, metabolizado pelo fígado, fato que não necessita de ajuste por função renal.

       3.2 Vitamina C
     Auxilia na redução dos níveis de urato.

- Hiperurecemia assintomática

     De modo geral não deve ser tratada farmacologicamente uma vez que a maioria das pessoas não desenvolve crises de gota.


Espero ter ajudado vocês a conhecerem um pouquinho sobre a gota. Não apontei medicamentos anti-inflamatórios nem corticoides pois trata-se de uma escolha junto ao médico e individualizada. Lembrem-se o acompanhamento pelos profissionais da saúde é muito importante, evitem se automedicar.

Até a próxima,

Jessica L. Gehrmann

domingo, 2 de março de 2014

Varizes dos membros inferiores



     As varizes dos membros inferiores são manifestações da doença venosa crônica. Sua incidência está relacionada ao gênero (acomete mais mulheres do que homens), histórico familiar, uso de contraceptivos hormonais combinados (anticoncepcionais contendo estrógeno e progestágeno), obesidade, número de gestações e atividade profissional. 
     As veias varicosas são veias dilatadas no subcutâneo com diâmetro maior ou igual a 3 milímetros. A presença desta veias varicosas ocorre por uma obstrução do retorno venoso, por um refluxo ou por ambos (observem na figura abaixo).

     Em nossas veias temos a presença de válvulas que impedem o sangue de retornar auxiliando seu retorno ao coração. Uma lesão na parede desses vasos pode dar início a um processo inflamatório que pode levar a uma dificuldade de ação dessas válvulas e consequentemente causando um retorno venoso e o aparecimento de varizes.

TRATAMENTO

1. Meias elásticas



     Meias medicinais de compressão graduada compatíveis com o diâmetro e conformação anatômica da perna. Ao realizar a compra desta meia o paciente deve procurar o local de venda logo cedo pela manhã para que se possa realizar a correta medida.

2. Prática de exercícios físicos



3. Medicamentos

     Apresento aqui alguns medicamentos, vocês irão notar que quase todos eles são fitoterápicos. Porém vou lembrar-lhes que o fato de serem "naturais" não impedem de serem nocivos quando usados sem orientações ou de forma abusiva. Portanto procure um profissional gabaritado antes de iniciar o uso. Mulheres grávidas não devem fazer uso sem acompanhamento médico. Esses medicamentos também podem ser manipulados.

- Castanha da índia 




- Melilotus oficinalis




- Ginkgo biloba



- Centella asiática



- Picnogenol 



- Quercetina


- Bioflavonoides


4. Métodos cirúrgicos

     O tratamento cirúrgico tem por objetivo abolir o refluxo e/ou desfuncionalizar a a veia varicosa, proporcionando melhoria estética e funcional. Existem várias técnicas para realizar este procedimento, converse com seu médico o qual irá se adequar melhor a você. Caso queiram mais informações deixo aqui o link da diretriz brasileira de tratamento cirúrgico de varizes de membros inferiores.DIRETRIZ TRATAMENTO CIRÚRGICO DE VARIZES DE MEMBROS INFERIORES Nela vocês encontraram informações e discussões sobre as diferentes técnicas cirúrgicas.




Bom pessoal, espero que tenham gostado. A muito tempo não aparecia por aqui e peço que me desculpem. Estou fazendo o TCC da minha pós graduação e o tempo anda curto. Mas qualquer duvida é só deixar nos comentários que respondo! Com relação as varizes vale lembrar a importância de uma dieta equilibrada e de ficar literalmente de pernas para o ar! essa posição auxilia no processo circulatório. Obrigada a todos e um ótimo feriado. Beijos e até a próxima...