quarta-feira, 24 de abril de 2013

NIMESULIDA X DICLOFENACO







NIMESULIDA

X

DICLOFENACO






    Hoje vamos falar um pouco de alguns famosos! Muito usados por toda a população e em muita quantidade. Também são alvo de muitas indicações de vizinhos, avós, tias e por aí vai. São os anti-inflamatórios. Como são muitos, hoje vamos conversar especificamente sobre o diclofenaco e sobre a nimesulida, acredito que são os mais pedidos nas farmácias. 

    Então vamos as nossas perguntinhas básicas:

- Você sabe o que é uma inflamação?

- Já indicou nimesulida ou diclofenaco para alguém?

- Já tomou por conta própria sem consultar o médico?

- Por que e como utilizou?

- Já sentiu desconforto gástrico após tomar um desses medicamentos e não soube dizer o que era?


   Bom, acho que a maioria de vocês se identificou nas perguntas não? 

INFLAMAÇÃO NÃO É INFECÇÃO

A infecção é causada por organismos biológicos que se instalam no nosso organismo e proliferam.


 A inflamação não é uma doença e sim a resposta a estímulos físicos, químicos ou biológicos que resultam numa complexa mobilização de mecanismos de defesa do nosso organismo. 

A inflamação é dividida em dois tipos a aguda e a crônica. 
  • AGUDA: 
- Duração: pucos minutos a dias
- Geralmente os sintomas são locais

  • CRÔNICA
- Duração: vários dias, semanas, meses...
- Podem gerar sequelas como cicatrizes e perda de função

    Apesar de desconfortável essa resposta do nosso organismo que é a inflamação tem funções importantes como:

- impedir a penetração de invasores;
- matar invasores ou células infectadas;
- reparar o tecido danificado pelo trauma;
- imobilizar o local lesionado;

    Os principais sintomas como todos sabem são:



Calor - Rubor - Inchaço - Dor - Perda da Função


        Sabendo isso, vamos voltar aos nosso fármacos:


DICLOFENACO

    Muito conhecido pelos nomes comerciais de CATAFLAN e VOLTAREN. Agora reconheceram?





    São indicados em processos de artrite reumatoide,  espondilite anquilosante e osteoartrite, como analgésico pós-cirúrgico e em cólicas menstruais.

    Possuem rápida absorção oral, desde que não utilizados junto com alimentos. Porém se faz esta indicação com o objetivo de prevenção de irritações gástricas.

    Possuem efeito anti-agregante plaquetário importante, portanto pessoas que fazem uso de medicamento antiagregantes devem evitar usar o diclofenaco.

     Pessoas que utilizam Digoxina e barbitúricos devem ser acompanhadas pelo médico quando forem utilizar diclofenaco.

    MENORES DE 14 ANOS SEGUNDO A RDC 137 DE 2003 NÃO DEVEM UTILIZAR O DICLOFENACO.

       Pessoas com Hipertensão arterial ao utilizar anti-inflamatórios devem procuram monitorar regularmente a pressão arterial, pois pode haver um aumento nesta.

     OBS: o Cataflan não é medicamento de escolha no alívio de dores decorrentes de processo de gota.


    Muitas pessoas chegam na farmácia com dúvidas sobre qual diclofenaco levar: Diclofenaco Sódico ou Diclofenaco Potássico?






    Bom, ambos são diclofenaco. Não importa muito o sal que os acompanha se é o sódio ou o potássio, ambos vão gerar o mesmo efeito. Há uma pequena diferença quanto a velocidade de absorção e portanto de ação. O diclofenaco de potássio apresenta uma absorção mais rápida que o diclofenaco sódico.


NIMESULIDA






    Indicada como analgésico e anti-inflamatório em inflamações leves e dores musculoesqueléticas, alívio de dores agudas e cólicas menstruais. 

    Não possuem efeito anti-agregante plaquetário, podendo ser utilizado com mais segurança para aqueles que utilizam medicamentos anti-agregantes.

    Apesar de a utilização junto a alimentos retardar a absorção, é recomendado de maneira a prevenir sintomas gástricos desagradáveis.


    OBSERVAÇÕES GERAIS:

     Se preferirem comprar na forma farmacêutica de gotas, a absorção será mais rápida, porém desde que utilizem as gotas puras, ou seja, sem diluir na água.
    Ao tomar qualquer desses medicamentos procure não deitar por pelo menos 30 minutos, assim evita-se sintomas de 'queimação".
    Os comprimidos devem ser ingeridos com 1 copo cheio de água.
    Pessoas com problemas gástricos devem evitar o uso de anti-inflamatórios, porém caso haja a necessidade, buscar orientação e acompanhamento médico.
    Pessoas que possuem asma devem evitar o uso de anti-inflamatórios, porém caso haja a necessidade, utilizar sobre a orientação e monitoramento de um médico.


Como a utilização mais comum para estes fármacos é a dor de garganta vamos fazer o seguinte passo a passo:




1.  Você está grávida ou amamentando, ou possui menos de 12 anos?
Se sim, deve-se procurar o médico.

2. O paciente tem entre 2 a 6 anos de idade? 
Se sim, deve-se procurar o médico, porém a fim de diminuir sintomas como a febre o uso de ibuprofeno e paracetamol infantil é aceitável. É contra - indicado o uso de anestésico tópicos também conhecidas como "balinhas para dor de garganta"!

3. O paciente apresenta febre alta, garganta vermelha e extremamente dolorida?
Se sim, deve-se procurar o médico.

4. O paciente tem outros sintomas que indiquem um resfriado comum?
Caso não haja, deve-se conversar com o  farmacêutico para explorar outras causas.

5. A dor de garganta persiste por mais de 3 dias?
Se sim, deve-se procurar um médico.
Caso a resposta seja não, converse com o farmacêutico e ele junto com você e sua características individuais, vai decidir o que julgar melhor para a sua dor de garganta.





    

Por hoje é só! Qualquer dúvida podem deixar nos comentários ou me enviar por e-mail. Como vocês viram cada medicamento tem suas particularidades que são utilizadas de acordo com cada pessoa. Antes de apenas comprarem o medicamento, procurem conversar com o farmacêutico, como vocês viram a inflamação é a resposta do organismo a algo que esteja acontecendo. E mais do que cuidar dessa inflamação precisamos buscar a causa não é? 

Obrigada, e até a próxima!






sexta-feira, 12 de abril de 2013

DISLEPIDEMIAS E A ATEROSCLEROSE





 HIPERCOLESTEROLEMIA

&

HIPETRIGLECERIDEMIA





    Nossa! Quantas palavras difíceis não? Mas calma, vocês já irão entender tudo! Dislipidemias consistem na elevação anormal dos níveis sérico de colesterol (hipercolesterolemia) e/ou triglicerídeos (hipertrigliceridemia). Agora começamos a compreender não é?

    Sua causa pode ser devido a uma desordem genética primária, a fatores ambientais secundários ou outras condições clínicas ou ainda devido a associação destes.
   
    No nosso organismo existem quatro grupos de lipídeos, sendo eles:
  • Ácido Graxo --> utilizado pelo nosso organismo como fonte alternativa de energia;
  • Triglicerídeos --> reservas de ácidos graxos;
  • Fosfolipídeos --> formadores básico da estrutura das membranas biológicas;
  • Colesterol --> necessário para a síntese de hormônios esteroides, bile e vitamina D.
    Pudemos perceber que cada um deles possui uma função essencial no nosso organismo certo? E portanto é importante termos esses lipídeos em nosso organismo. Porém assim como o óleo não se mistura com a água, os lipídeos não podem se transportar livremente pelo nosso sangue, composto basicamente por água! Desse modo no nosso organismo existem estruturas responsáveis por este transporte as quais são denominadas de lipoproteínas. Vamos conhecê-las?

  • Quilomícron: transportam triglicerídeos do intestino para o fígado;
  • VLDL: transportam triglicerídeos do adipócito (célula de gordura) para os tecidos periféricos;
  • HDL: trasportam colesterol dos tecidos periférico para o fígado;
  • LDL: transportam colesterol do fígado para os tecidos periférico;



Aqui está uma dúvida que acredito que a maioria das pessoas possui: Por que o LDL é conhecido como colesterol "ruim" e porque o HDL é conhecido como colesterol "bom"?

    Como vocês mesmos viram ali acima a função do LDL é retirar o colesterol do fígado para levar aos tecidos periféricos, ou seja, o colesterol acaba se acumulando nos vasos sanguíneos. Enquanto isso o HDL, como mostra na figura acima, retira esse colesterol dos vasos sanguíneos para levar ao fígado, "varrendo" esse colesterol e evitando que se acumule. 

OBS: no nosso organismo precisamos destas duas lipoproteínas, porém dentro dos valores referenciais.

    Por que é tão ruim o acúmulo de colesterol nos vasos sanguíneos?

    Porque com o passar do tempo esse acúmulo desencadeia reações que vão originar as placas de ateroma e posteriormente uma doença conhecida como ATEROSCLEROSE.



    A Aterosclerose é uma doença inflamatória crônica multifatorial que acomete as artérias. O primeiro passo para a instalação da doença é a agressão ao endotélio do vaso (camada interna das artérias) devido a alguns fatores como elevação do LDL, VLDL, Hipertensão arterial e tabagismo. Com a agressão o LDL e o VLDL começam a se depositar na parede do vaso. Esse deposito leva a migração de células para o local. Com isso á a liberação de citocinas na tentativa de conter aquela inflamação, porém ocorre rompimento endotelial e consequentemente a migração de plaquetas na tentativa de remediar. Ocorre então calcificação e interrupção do fluxo sanguíneo.

    As placas de ateroma podem ser estáveis e instáveis. As placas estáveis não se rompem, porém crescem gradativamente até interromper o fluxo sanguíneo. Placas instáveis apresentam atividade inflamatória intensa, núcleo lipídico proeminente  e são frágeis, o que aumenta as chances de ruptura e exposição do material lipídico que pode levar a uma trombose.
















    





Tratamento NÃO medicamentoso

1. Dietoterapia
2. Cessão do Tabagismo
3. Cessão do consumo de álcool
4. Prática de atividade física
5. Tratamento da obesidade
6. Controle do Diabetes
7. Consumo de micronutrientes como vitamina E, vitamina C e selênio.

OBS: todas essas atividades devem ser acompanhadas por um profissional habilitado.

Tratamento Medicamentoso

    1. Sequestrantes de ácidos biliares

    QUESTRAN - COLESTIRAMINA 

    A colestiramina quela os sais biliares e faz a excreção fecal. Com isso o sal biliar não retorna ao fígado fazendo com que este  retire colesterol do sangue para a síntese de novos sais biliares, o que leva a diminuição do colesterol.

    Ingerir com no mínimo 500mL de água ou suco (evitando-se assim a constipação)

    Outros medicamentos devem ser tomados 1 hora antes ou 4 horas após a colestiramina.





    2. Ácido Nicotínico e derivados

    METRI - ÁCIDO NICOTÍNICO
    
    OLBETAM - ACIPIMOX

    Inibe a lipase hormônio sensível do tecido adiposo e consequentemente diminui a liberação de ácidos graxos livres ao fígado diminuindo a formação de VLDL. Diminuição do colesterol total e LDL em até 30%, dos triglicerídeos e VLDL em até 80% além da elevação do HDL em até 30%.

    Orienta-se a realização de exercícios físicos.

    Caso ocorra o aparecimento de reações de irritação cutânea (pele) utilizar AAS.






    3. Probucol

    LESCOL - PROBUCOL

    Diminui a absorção intestinal de colesterol, é indicado especificamente para a hiperlipidemia familiar homozigota.

    4. Triglicerídeos Omega-3

    PROEPA

    Diminuem a produção de VLDL, diminuem os triglicerídeos.

    Requer doses elevadas: 10 a 20 g/dia





    5. Fibratos

    Indicado para pacientes com quilomícron e VLDL altos.

    Estimulam a lipoproteína lipase, fazendo uma maior fixação de triglicerídeos pelas células.

    Potencializam o efeito de anticoagulantes (atenção a pessoas que fazem uso de medicamentos anticoagulantes)

    Possuem efeito hipoglicemiante ( atenção aos diabéticos e a sintomas de hipoglicemia).

    Orienta-se a realização de exercícios físicos.

    Devem ser ingeridos juntos as refeições.













     6. Vastatinas

  Inibem parcialmente a HMG-COA redutase, com diminuição da síntese intracelular do colesterol.

   Diminuição do colesterol total em 30%, LDL ente 20 a 40% e triglicerídeos e VLDL em 20%. Elevação do HDL em 10%,

    Medicamento de primeira escolha na hipercolesterolemia isolada.

    Contra indicado para mulheres grávidas ou que estejam amamentando.

    Utilizado após o jantar.

 




    7. Inibidor seletivo do colesterol

    Inibe a absorção do colesterol no intestino delgado.

    Reduz em 50% o colesterol total, em 18% LDL e em 5% triglicerídeos.

    Utilizado ma hipercolesterolemia familiar homozigótica.

    Contra indicado na gravidez e na lactação.

    Efeito colateral: diarreia.


     8. Análogos da tiroxina

    Utilizado por pacientes com hipotireoidismo, aumenta o número de receptores hepáticos ao LDL-colesterol.




Bom pessoal, acredito que seja isso, se esqueci de falar de algo por favor me digam. Tentei explicar de uma maneira que tenha ficado fácil de entender qualquer dúvidas me perguntem.
Beijos e até a próxima...
  

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Automonitoramento da glicemia capilar



  
O QUE É?


POR QUE FAZER?


COMO FAZER?


QUANTO FAZER?




  
O principal objetivo do tratamento do Diabetes Mellitus está no alcance de uma glicemia referencial além de mantê-la dentro deste parâmetro. Com isso é de extrema importância o monitoramento da taxa de glicemia a fim de se evitar tanto a hiperglicemia quanto a hipoglicemia. E isso já pode ser feito pela própria pessoa em sua casa, através de aparelhos denominados glicosímetros.



















Vale lembrar que como o próprio nome diz, o procedimento de verificação da glicemia capilar é utilizada apenas para monitoramento, não serve para fins de diagnóstico.

    Então vamos voltar as nossas questões:

    - O que é?

    A automonitorização é a prática  da pessoa portadora de Diabete Mellitus de aferir regularmente a sua própria glicemia através de aparelhos de uso doméstico. O teste de glicemia capilar permite conhecer os níveis de glicose no decorrer do dia em momentos que interessem a pessoa e ao médico acompanhar como por exemplo: a eficiência do plano alimentar, da medicação de uso oral e principalmente no uso da insulina além de mudanças no tratamento, da prática de exercícios entre outros. Enfim a Glicemia capilar revela como ESTÁ a glicemia naquele momento pontual em que é feita a aferição, refere-se ao AGORA. 

    - Por que fazer?

    A monitorização da glicemia é a principal forma de acompanhar o tratamento e entender o funcionamento do organismo a alimentos, exercícios e a utilização de medicamentos.  Com os dados obtidos por meio do controle glicêmico é possível :
  • Identificar tendências de oscilação da glicemia;
  • Conhecer fatores que causem hipo ou hiperglicemia;
  • Identificar necessidade de mudança no esquema terapêutico;
  • Avaliar o impacto de atividades físicas;
  • Avaliar ação dos medicamentos;
    - Como fazer?

    Para realizar o teste da glicemia capilar é preciso estar munido do seguinte kit:
  • monitor de glicemia
  • tiras reagentes
  • lancetador
  • lanceta
  • álcool
  • algodão
    Tanto a lanceta quanto a tira reagente são materiais descartáveis, portanto devem ser utilizados apenas UMA vez.

    A primeira coisa a ser feita é lavar bem as mãos com água e sabão. Em seguida a pessoa encaixa a lanceta no lancetador e ajusta o nível de perfuração de acordo com a espessura do dedo de cada um. Pessoas mais cheinhas devem ajustar o lancetador para um nível maior de perfuração, enquanto pessoas magrinhas podem utilizar um nível menor de perfuração. 




Feito isto a pessoa deve limpar o dedo a ser furado com um algodão embebido em álcool e esperar secar.  Coloque a tira reagente no local indicado do aparelho. 


    O aparelho irá mostrar a figura de uma gota de sangue, indicando que está pronto para fazer a leitura. Desse modo a pessoa ira perfurar o dedo com o lancetador e colocar a gota de sangue no local indicado da fita reagente. Em alguns instantes o monitor faz a leitura da glicemia. O resultado do teste irá assinalar a glicemia momentânea e é importante saber interpretá-la. Em jejum, após acordar, a pessoa deve estar com glicemia inferior a 110 mg/dL e superior a 70 mg/dL  e duas horas após a refeição (almoço ou jantar) deve estar menor que 140mg/dL, porém procure conversar com o médico sobre o que esperar e os objetivos a atingir.

    OBS: para garantir a obtenção de resultados precisos, certifique-se de que o número de código exibido no sensor seja o mesmo do quadro azul localizado na lateral do frasco de fitas reagentes. Ao visualizar a palavra COdE e o número do código no visor utilize os botões para confirmar o código ou para procurar pelo código correto. A cada novo frasco de fitas reagentes um novo chip é enviado com um novo código, preste atenção para realizar a troca, pois caso esqueça suas aferições estarão incorretas.  Procure sempre anotar os resultado encontrados e a situação em que foi verificado (jejum, após refeição, exercício, etc) e leve consigo sempre que retornar ao médico. Existem atualmente várias modelos de aparelho no mercado, em caso de qualquer duvida sobre o funcionamento vá até uma farmácia e procure pelo farmacêutico. Uma dica é procurar no serviço de saúde da sua cidade quais são as fitas reagentes que são disponibilizadas pelo SUS, desse modo você compra apenas o aparelho e tem as fitas reativas fornecidas gratuitamente. O custo desse automonitoramento ainda é caro aqui no Brasil, porém se você tem condições procure realizá-lo, pois o ajudará muito no tratamento de um modo geral.



    - Quanto fazer?

    A frequência de aferições é determinada individualmente dependendo da situação clínica, do plano terapêutico, do esquema de utilização de medicamentos, portanto procure estabelecer junto ao seu médico lembrando sempre de anotar suas aferições.




 Existem muitos tipos de aparelhos mais modernos que o apresentado aqui que fazem o monitoramento da glicemia, porém também são muito mais caros. Caso haja alguém com alguma dúvida nesses aparelhos por favor deixe nos comentários que ficarei feliz em responder, assim como aqueles que tiverem dúvidas sobre este post! Deixo aqui ainda um link de um vídeo muito bacana que resume tudo o que vimos sobre o Diabetes aqui. Caso alguém tenha ainda alguma sugestão ou dúvida sobre este assunto é só dizer! Minha amiga Fabi espero que tenha gostado doa serie de post! 






 VIDEO DIABETE MELLITUS