sexta-feira, 7 de junho de 2013

Helicobacter pylori - a grande vilã do nosso estômago!





     A Infecção por Helicobacter pylori induz inflamação persistente na mucosa gástrica com diferentes lesões ao nosso organismo, tais como a gastrite crônica, a úlcera e o câncer gástrico. 
      
 A H. pylori apresenta em sua morfologia estrutura encurvada ou espiralada, móvel, medindo aproximadamente 3 micrômetros de comprimento. Possui quatro a 6 flagelos e uma capacidade excepcional de aderência e resistência a acidez gástrica, o que facilita a sua colonização neste local.






       A bactéria encontra-se distribuída pelos 5 continentes do mundo, sendo sua prevalência maior em países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil.
    A forma de contaminação ainda geram controvérsias, porém acredita-se serem as principais forma de contaminação as vias oral-oral e fecal-oral.
       Vários teste diagnósticos encontram-se disponíveis podendo ser invasivos ou não - invasivos. Métodos Invasivo são aqueles que dependem da realização de endoscopia para a coleta de amostras (biópsias) sendo eles a PCR, teste de urease, histologia e cultura. Métodos não - invasivos incluem sorologia e teste respiratório com ureia marcada com isótopos de carbono. 


1. MÉTODOS INVASIVOS


a) PCR

    Altíssima sensibilidade e especificidade.  São utilizados genes para a identificação da bactéria. Pode ser feito diretamente de biópsia gástricas ou duodenais, do suco gástrico, da placa dentária, da saliva e até mesmo das fezes.


b) Teste da urease

    Baseado na potente atividade ureásica da bactéria, o teste é altamente específico e sensível, sendo um dos métodos mais utilizados para o diagnóstico. Um fragmento da biópsia é introduzido, imediatamente após a coleta, em um substrato contendo ureia e um indicador de pH. Quando ocorre mudança de coloração dentro de 24 horas o teste é considerado positivo. 



c) Histologia

    Além da identificação da bactéria, o teste histológico permite avaliar o tipo e a intensidade da inflamação da mucos agástrica. Exame é feito após a endoscopia com retirada do fragmento, no qual se utiliza uma variedade de colorações para detectar a bactéria.





d) Cultura

    Muito difícil cultivar esta bactéria in - vitro. O crescimento pode ser afetado por vários fatores como biópsia, temperatura, transporte, meio, etc. A vantagem da cultura é poder realizar o antibiograma detectando o melhor antimicrobiano a ser utilizado no tratamento.




2. MÉTODOS NÃO INVASIVOS

a) Sorologia

    Baseado na detecção de anticorpos específicos contra esta bactéria encontradas em amostras de soro de pessoas infectadas. Geralmente são utilizadas as técnicas de ELISA ou látex-aglutinação.



b) Teste Respiratório com ureia marcada

O princípio do teste é o mesmo da urease. O paciente ingere a solução de ureia marcada. o Paciente então expira em um balão onde a presença do carbono marcado pode ser detectado por cintilação ou espectrografia. Este teste não pode ser usado em menores de 18 anos e mulheres grávidas.





Bom pessoal por hoje é só. Espero ter matada a curiosidade de vocês sobre esta bactéria. Lembrando ainda que existem pessoas que são portadores, porém não desenvolvem sintomas. Qualquer dúvida perguntem. Beijos e até a próxima.


Nenhum comentário:

Postar um comentário