terça-feira, 25 de junho de 2013

DICA DA SEMANA

Boa noite! Chegando mais uma dica da semana. Hoje o assunto é sobre a hipercolesterolemia, tema já discutindo aqui no blog de maneira mais ampla. Quem quiser mais informações é só clicar no link abaixo! Beijos e até a próxima...

http://www.dicasdefarmaceutico.blogspot.com.br/2013/04/dislepidemias-e-aterosclerose.html



sexta-feira, 21 de junho de 2013

CETOPROFENO X NAPROXENO





     Boa tarde pessoal, hoje vamos conversar um pouco sobre esse dois fármacos utilizados para dores leves a moderadas. Espero que gostem!

    Ambos os fármacos são Anti-inflamatórios não esteroidais, ou seja, eles são da mesma classe dos anteriormente comentados, nimesulida e diclofenaco.

      Nesse link vocês podem voltar aquele post e obter informações gerais sobre a dor e a inflamação. http://www.dicasdefarmaceutico.blogspot.com.br/2013/04/nimesulida-x-diclofenaco.html 

     Tanto o cetoprofeno como o naproxeno são derivados do ácido propiônico e possuem efeitos terapêuticas como anti-inflamatório, antitérmico e analgésico. Como todos os anti-inflamatórios podem gerar muito comumente irritação gástrica e náuseas.

NAPROXENO







    Sua principal indicação está como efeito analgésico e na dismenorreia (alívio das cólicas menstruais). Utiliza-se de 12 em 12 horas. Sua concentração pode ser de 250 mg a 500 mg. A dose máxima diária não deve ultrapassar 1250 mg.


CETOPROFENO




     Sua principal indicação está em seu efeito analgésico para dores leves e em cefaleias. Encontrado em várias concentrações e formas farmacêuticas. Pode-se fazer a utilização de 8 em 8 horas ou de 12 em 12 horas. A dose máxima diária não deve ultrapassar 300 mg.


    Em processos fortes de dor, faz-se o uso combinado desses dois analgésicos. Utiliza-se cetoprofeno por via intramuscular (injeção!) por 2 dias e naproxeno por via oral por 3 dias.


  
  Agora vamos pra um rápido check list da dor em geral!


Você  está grávida ou amamentando?
Se sim deve procurar um médico. Não se auto-medique!

Você apresenta alguma condição crônica como Diabetes, Hipertensão?
Caso sua resposta seja sim, é contra indicado o uso de cetoprofeno e naproxeno.

Já faz uso de algum outro anti-inflamatório?
Se sim procure um médico.

Você possui asma?
Caso sua resposta seja sim, deve-se investigar um possível sensibilidade ao naproxeno e ao cetoprofeno.

Caso sua resposta seja negativa para as questões anteriores, com a orientação de um profissional adequado você não apresenta impedimentos para utilizar o cetoprofeno ou naproxeno.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

DICA DA SEMANA

     Boa tarde pessoal! Resolvi criar uma nova série de post pra começar bem a nossa semana. Não sei se vocês irão gostar, me avisem sim? Bom, todo começo de semana vou começar a postar um folheto ou informações ultra-rápidas pra vocês se informarem rapidinho sobre um assunto qualquer dentro da farmácia, mas não se preocupem que nosso post informativos e mais completos irão continuar... A dica de hoje é sobre a importância de se exigir o atendimento por um farmacêutico.  O folder é de autoria do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. Beijos e até a próxima...



sábado, 15 de junho de 2013

INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS. Isso é permitido?




    Boa tarde pessoal! Hoje o assunto tenho certeza, é do interesse de todos.
   Quem nunca foi a uma farmácia com uma receita médica e foi questionado se não gostaria do genérico daquele medicamento? Muitos ficam até irritados com o atrevimento da pergunta! Emburrados pensando que a pessoa está tentando lhes "passar a perna". Muitas vezes o próprio médico o adverte. Mas afinal de contas isso está certo ou errado? Vamos descobrir? A este processo damos o nome de INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS.

    Primeiramente vamos a umas definições básicas sobre esse assunto. Não se preocupem é bem rapidinho!

- Medicamento de referência

    Consiste em um medicamento INOVADOR registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no país, cuja segurança, eficácia e qualidade foram comprovados cientificamente junto ao órgão federal por ocasião do seu registro. 
    Exemplo:Tylenol

- Medicamento Genérico

    Medicamento uníssono a um produto de referência que se pretende ser com este intercambiável. Geralmente é produzido após a expiração ou renúncia da patente ou outros direitos de exclusividade. Comprovada segurança, eficácia e qualidade.
    Exemplo: Paracetamol


- Medicamento similar

    Aquele que contém o mesmo ou mesmos princípios ativos, apresenta mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação farmacêutica e que é equivalente ao medicamento registrado em órgão federal responsável pela vigilância sanitária. Pode DIFERIR SOMENTE em características como forma, tamanho, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículos. Deve ser IDENTIFICADO POR MARCA OU NOME COMERCIAL.
    Exemplo: Tylidol, Tylol



    A Intercambialidade de medicamentos é regulamentada pela RDC n 16/07. Ela permite ao FARMACÊUTICO substituir o medicamento de referência pelo seu medicamento genérico correspondente e vice e versa.
    Sempre que houver a substituição do medicamento, o FARMACÊUTICO deve indicá-la na recita médica, carimbar, datar e assinar.
     
    Mas por que posso trocar um medicamento de referência por um genérico ou vice e versa?

Simplesmente porque são equivalentes terapêuticos, ou seja, apresentam os MESMOS EFEITOS em relação a eficácia e segurança após a sua administração da mesma dose.


     O medicamento similar SÓ PODE SER DISPENSADO se prescrito pelo seu nome comercial.



    Existe apenas um porém, o SUS. O serviço farmacêutico no SUS ocorre mediante o recebimento de uma prescrição médica (receita médica) e a dispensação do medicamento ocorre conforme a sua disponibilidade. Por este motivo, no SUS é possível que um medicamento similar seja dispensado no lugar de um medicamento genérico. Porém em FARMÁCIAS E DROGARIAS PRIVADAS ESSA NORMA NÃO SE APLICA.

    Outra observação importante. NÃO É PERMITIDA A SUBSTITUIÇÃO DE QUALQUER MEDICAMENTO INDUSTRIALIZADO PRESCRITO, POR MEDICAMENTOS MANIPULADOS.

      Quando o médico escrever de próprio punho que não deseja que se realize a intercambialidade, deve-se dispensar apenas o medicamento que está prescrito na receita médica.

      E para vocês terem certeza de não estarem sendo enganados, uma medicamento genérico deve ter as seguintes informações:



    E agora pessoal, sentem-se mais seguros para a utilização de medicamentos genéricos? Perguntem nas farmácias, pesquisem. Geralmente o medicamento genérico tende a ser um pouco mais em conta. A gente sabe que saúde é fundamental por isso a utilização do mediamento muitas vezes é indispensável, porém existem determinados medicamentos que são muito caros. Vale a pena conferir e cuidar bem de si mesmo! Beijo a todos e até a próxima!







sexta-feira, 7 de junho de 2013

Helicobacter pylori - a grande vilã do nosso estômago!





     A Infecção por Helicobacter pylori induz inflamação persistente na mucosa gástrica com diferentes lesões ao nosso organismo, tais como a gastrite crônica, a úlcera e o câncer gástrico. 
      
 A H. pylori apresenta em sua morfologia estrutura encurvada ou espiralada, móvel, medindo aproximadamente 3 micrômetros de comprimento. Possui quatro a 6 flagelos e uma capacidade excepcional de aderência e resistência a acidez gástrica, o que facilita a sua colonização neste local.






       A bactéria encontra-se distribuída pelos 5 continentes do mundo, sendo sua prevalência maior em países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil.
    A forma de contaminação ainda geram controvérsias, porém acredita-se serem as principais forma de contaminação as vias oral-oral e fecal-oral.
       Vários teste diagnósticos encontram-se disponíveis podendo ser invasivos ou não - invasivos. Métodos Invasivo são aqueles que dependem da realização de endoscopia para a coleta de amostras (biópsias) sendo eles a PCR, teste de urease, histologia e cultura. Métodos não - invasivos incluem sorologia e teste respiratório com ureia marcada com isótopos de carbono. 


1. MÉTODOS INVASIVOS


a) PCR

    Altíssima sensibilidade e especificidade.  São utilizados genes para a identificação da bactéria. Pode ser feito diretamente de biópsia gástricas ou duodenais, do suco gástrico, da placa dentária, da saliva e até mesmo das fezes.


b) Teste da urease

    Baseado na potente atividade ureásica da bactéria, o teste é altamente específico e sensível, sendo um dos métodos mais utilizados para o diagnóstico. Um fragmento da biópsia é introduzido, imediatamente após a coleta, em um substrato contendo ureia e um indicador de pH. Quando ocorre mudança de coloração dentro de 24 horas o teste é considerado positivo. 



c) Histologia

    Além da identificação da bactéria, o teste histológico permite avaliar o tipo e a intensidade da inflamação da mucos agástrica. Exame é feito após a endoscopia com retirada do fragmento, no qual se utiliza uma variedade de colorações para detectar a bactéria.





d) Cultura

    Muito difícil cultivar esta bactéria in - vitro. O crescimento pode ser afetado por vários fatores como biópsia, temperatura, transporte, meio, etc. A vantagem da cultura é poder realizar o antibiograma detectando o melhor antimicrobiano a ser utilizado no tratamento.




2. MÉTODOS NÃO INVASIVOS

a) Sorologia

    Baseado na detecção de anticorpos específicos contra esta bactéria encontradas em amostras de soro de pessoas infectadas. Geralmente são utilizadas as técnicas de ELISA ou látex-aglutinação.



b) Teste Respiratório com ureia marcada

O princípio do teste é o mesmo da urease. O paciente ingere a solução de ureia marcada. o Paciente então expira em um balão onde a presença do carbono marcado pode ser detectado por cintilação ou espectrografia. Este teste não pode ser usado em menores de 18 anos e mulheres grávidas.





Bom pessoal por hoje é só. Espero ter matada a curiosidade de vocês sobre esta bactéria. Lembrando ainda que existem pessoas que são portadores, porém não desenvolvem sintomas. Qualquer dúvida perguntem. Beijos e até a próxima.


segunda-feira, 3 de junho de 2013

GASTRITE! Mas afinal, o que é isso?



     Quem nunca ouviu alguém reclamar de dor no estômago e afirmar que se trata de uma gastrite? Mas afinal será que é isso mesmo? Vamos conhecer um pouco mais sobre esse problema?

   A Gastrite consiste em uma inflamação da mucosa do estômago. Ela pode ser Aguda ou Crônica.
   
    Gastrite Aguda
São de aparecimento súbito, evolução rápida e facilmente associadas a um agente causador.
As causas podem ser: medicamentos, infecções e estresse físico ou psíquico.
O consumo de bebidas alcoólicas também é um fator desencadeante.

    Gastrite Crônica
Difícil caracterização de sintomas e agentes causadores. Cursam por um período longo de tempo. 
Sabe-se que a bactéria Helicobacter Pylori pode determinar uma gastrite crônica.

SINTOMAS

- dor
- queimação no abdômen
- azia
- perda do apetite
- náuseas e vômitos
- sangramento digestivo (em casos complicados demonstrados pela evacuação com fezes pretas e/ou vômitos com sangue) 







TRATAMENTO

1.Antagonistas dos Receptores H2

    Inibem a produção de ácido, suprimindo-a em 70% durante 24h. São eles a cimetidina, ranitidina e famotidina.
    São menos potentes que os inibidores da bomba de prótons.
    Podem estimular a motilidade intestinal, ou seja, podem gerar fezes pastosa a diarreicas.
    As doses devem ser ajustadas para paciente nefropatas crônicos.





    A Cimetidina possui alguns efeitos adversos importantes, por isso é pouco utilizada atualmente  Um desses efeitos é o de provocar galactorreia (produção de leite), ginecomastia (aumento das mamas), redução os espermatozoides e impotência. Além disso a cimetidina interage com muitos medicamentos.

    O uso de antagonistas do H2 pode levar a efeitos de tolerância (necessidade de doses maiores para obtenção do mesmo efeito) e rebote na sua retirada. O ideal é realizar a retirada gradual destes medicamentos. 

2. Inibidores da Bomba de Prótons

    Bloqueiam a etapa final da da produção ácida através de uma ligação irreversível.  A secreção de ácido só retorna depois da síntese de novas moléculas.
     A supressão ácida é prolongada, de 24 a 48 horas.
     








   Ideal administrar em jejum 30 minutos antes da refeição.
   Não se deve utilizar outros fármacos que inibam a secreção ácida (antiácidos).
   Para pacientes com doenças hepáticas, deve-se realizar redução da dose.
   Usado como protetor para pacientes predispostos que necessitam utilizar Anti-inflamatórios não esteroidais.


A gastrite quando associada a uma infecção por Helicobacter pylori, inclui-se no tratamento o uso de antibióticos. O tratamento é longo e para que haja o sucesso demanda que o paciente cumpra com horários e recomendações passadas. Como na semana passada não consegui postar no blog, essa semana teremos dois post. No próximo conversamos mais especificamente sobre o H. pylori. Outras medidas que não demandam o uso de medicamentos seriam: a alimentação saudável e regrada, não utilizar cigarros (tabagismo diminui a proteção do nosso estômago), o consumo mínimo de bebidas alcoólicas e evitar usar medicamentos agressivos a mucosa gástrica (como anti-inflamatórios) por períodos prolongados.
Obrigada e até a próxima!